resumos


Están a disposición los resúmenes de trabajos aprobados para el monitoreo del contenido



SESSÕES DE COMUNICAÇÕES – caderno eletrônico de resumos

Sessão de comunicações 1 -  Arte Pública e espaço urbano na América Latina
1.       ARTE PÚBLICA EM FLORIANÓPOLIS: a praça xv como um microterritório. Giovana Zimermann e Cesar Floriano dos Santos.
Esta pesquisa investiga a Arte Pública na cidade de Florianópolis, com o recorte geográfico na Praça XV de Novembro e adjacências. A Praça XV de Novembro foi escolhida para refletir sobre como essa transição ocorreu na cidade de Florianópolis. A pesquisa aponta as inserções de bustos e monumentos e as demais transformações morfológicas do espaço no final do Século XIX e início do Século XX. A Praça XV revelou-se um espaço desafiador, porque em menor escala expõe problemáticas que envolvem a cidade contemporânea. Dividiu-se a praça em um microterritório: político, sagrado e profano, uma vez que ela reflete, sob diversos aspectos, a cidade contemporânea e seu distanciamento da imagem do passado. Mediante um mapeamento das manifestações de Arte Pública em torno da Praça XV de Novembro entre o período de 2001 e 2009, aparecem os processos colaborativos que afirmam um discurso cada dia mais contundente, uma forma de compreensão da criação em que as ações se mesclam continuamente, a finalização não é objetivo, mas ela revela processos e faz-nos  pensar. Nessa medida, o trabalho dos coletivos em Arte Pública apresenta sistemas e diversidade na concepção, aliados à possibilidade de interatividade, mas principalmente, aspiram a influenciar politicamente o espaço sociológico da cidade.
2.       ARTE PUBLICA E ESPAÇO POLÍTICO: Configurações e similaridades na construção do espaço urbano de Brasília (DF) e de Palmas (TO). Ubiraelcio Malheiros.
Esta comunicação tem por objetivo refletir sobre arte pública e espaço político, a partir das analogias entre a construção de Brasília (DF) e de Palmas (TO), que se aglutinam e se erguem em um palimpsesto de imagens, em que as obras de arte no espaço urbano tornam-se a representação mais visível das ideologias que configuram essas cidades. Essas capitais são observadas como arte pública e como espaço político, que se constituem de utopias e realidades construídas pelo poder público e pela comunidade local: de um lado, obras relacionadas a representações políticas do Governo; do outro, espaços resultantes da articulação da comunidade local. Essas cidades se constroem entre esses dois pólos, por meio de espaços políticos ativados pela arte e por um programa de marketing que as divulga para o Brasil e para o exterior - ora a construção dessas capitais é patrocinada pela força política Federal e Estadual; ora movimentada pela energia do povo que luta em busca de uma Cidade Imaginária. Assim, o espaço urbano dessas cidades se cruza, e apresenta por meio da sua história e do seu ideal político configurações e similaridades que repercutem na imagem urbana, ou seja, na arte pública e nas relações políticas que se refletem nesses espaços.
3.       A ESCULTURA CINÉTICA NO ESPAÇO PÚBLICO: dois estudos de caso. Almerinda da Silva Lopes.
A Semana de Arte Moderna realizada na cidade de São Paulo (1922) propugnou o rompimento com os valores passadistas, ainda em vigor no país, e a atualização das linguagens artísticas. Na década seguinte era a arquitetura que assumia a dianteira no processo de renovação e tornava-se o ponto de convergência e de integração das artes.  Após a criação, no eixo Rio/São Paulo, dos Museus de Arte Moderna (1948) e da Bienal de São Paulo (1951), ocorreu uma reviravolta nas gramáticas artísticas, inserindo o país mais visivelmente na ciranda vanguardista. Ampliava-se a inserção de esculturas modernistas, dotadas de novos léxicos e novos materiais nos espaços urbanos, inclusive em algumas capitais periféricas. O ineditismo e o caráter não representativo e não celebrativo das obras pegava o público despreparado e não familiarizado com as linguagens modernas mais radicais, como a arte cinética, o que contribuiu para que esse gênero de monumentos públicos se tornasse tanto invisível quanto causador de estranhamento, polêmica, ironia, enfrentamento. A análise de duas esculturas cinéticas elaboradas na década de 1970 para espaços urbanos de Vitória e São Paulo, por artistas reconhecidos internacionalmente pela ousadia e ineditismo de suas propostas dinâmico/interativas - uma de autoria de Maurício Salgueiro, denominada Monumento à mãe (1972); a outra de Mary Vieira, Polivolume: conexão livre (1979) - confirmará a dificuldade de recepção (a partir da análise de vasta documentação de época) e desvenda de alguma maneira, o motivo de frequentes interferências e o descaso a que estão hoje relegadas.
4.       ARTE, POLÍTICA E COMUNICAÇÃO NO BRASIL DOS ANOS 1960. Os outdoors realizados por Nelson Leirner. Bruno Sayão.
A partir da análise dos outdoors realizados por Nelson Leirner em 1968, o presente estudo investiga o contexto brasileiro e a produção de artes visuais na década de 1960 buscando contribuir para questões colocadas pelas artes visuais na atualidade como comprometimento político, uso de suportes efêmeros e relação da arte com o espaço público. Nelson Leirner torna-se pioneiro no Brasil ao utilizar outdoors como suporte artístico. O artista produz e espalha pela cidade de São Paulo dois modelos de outdoors: um com os dizeres  Aprenda colorindo gozar a cor e outro com  Aprenda colorir gozando gozar colorindo. Além do texto, em ambos os modelos estão estampados três rostos de mulheres com expressão de prazer. Esses trabalhos evidenciam alguns aspectos do contexto brasileiro no período de sua realização: repressão ditatorial, consolidação da industrial cultural e presença da contracultura. Esses outdoors são testemunhos dos projetos de uma geração de artistas visuais que, influenciados principalmente pela Arte Pop e pelo Conceitualismo, pesquisam novas estratégias que transbordem a arte para além das instituições. Essa experimentação está acompanhada por outra questão fundamental para essa geração: a relação Arte e Política. Nesses happenings de Leirner a dimensão política está presente tanto no exemplo e incentivo à livre expressão como na intervenção estética direta na cidade, fundindo de maneira indissociável subversão política e subversão estética.
5.       A DISCRETA PARTICIPAÇÃO DO PÚBLICO: Dan Graham, Antoni Muntadas e Ana Tavares. Fábio Lopes de Souza Santos e David Moreno Sperling.
As práticas artísticas dos anos 1960 demandavam uma nova relação entre artista, obra e público. A recepção, elevada à categoria de “participação”, ganhou o status de ato criativo, formulação que expressa o projeto de transferir para o público a percepção e o poder criador, antes exclusivos do artista. Grosso modo, induzir o público a rever sua experiência existencial era o horizonte destas práticas artísticas participativas.Decorridas algumas décadas, vivemos uma época em que as propostas de “interação” são onipresentes: a “cultura” exige uma postura “ativa” permanente do público, no sentido da promoção de “experiências” (termo que absorveu um claro deslizamento semântico). Neste novo universo interativo, o sentido original da “proposta de participação” esmaeceu-se e proposições participativas daqueles anos parecem perder muito de sua efetuação, passando a figurar como “ações de representação”. No entanto, houve nas décadas recentes uma significativa continuidade na experimentação artística que desenvolve ambientes e pesquisa o comportamento, confluindo em propostas onde o público é convidado a percorrer espaços, a agir e refletir. Notam-se, porém, mudanças fundamentais em suas estratégias, objetivos, e mesmo em sua poética. Observamos o abandono das expectativas utópicas de seus predecessores da década de 1960, em favor de uma postura desencantada, mas mais reflexiva. Tendo este contexto como pano de fundo, o presente artigo pretende refletir sobre projetos de Dan Grahan, Ana Tavares e Antoni Muntadas, e a renovada vontade da arte de trabalhar a “experiência do espaço”, dirigida, nestes casos, para o exame de aspectos funcionais e/ou simbólicos, locais e globais, que compõem a cidade contemporânea.

6.       AMPLOS CIRCUITOS: a obra fora do museu. Michel Masson / Ivvy Pessôa Quintella.
Depois do período da Nova Figuração, cujo grande marco fora a mostra Nova Objetividade realizada no MAM/RJ em 1967, de modo geral a arte brasileira tendeu a assumir práticas cada vez mais experimentais e conceituais. Na ausência de padrões, o traço comum do período parece ter sido o entendimento da arte como um território de ação, onde cada proposta exigia um modo de expressão adequado. Daí a utilização/interpenetração de diversas mídias, bem como a diversificação dos locais de atuação. Alguns trabalhos passaram a ser realizados no contexto urbano, em “esquinas, terrenos baldios, matas, dentro d'água, nas geografias do apartamento”. O artigo terá como eixo a análise das manifestações artísticas brasileiras realizadas desde meados dos  anos 1960 até a década de 1970 que procuraram escapar da moldura institucional do museu, fazendo uso de estratégias alternativas de veiculação dos trabalhos, a exemplo da manifestação dos Parangolés de Helio Oiticica no espaço externo do MAM/RJ (1965), de Inserções em circuítos ideológicos (1970) e Inserções em circuítos antropológicos (1971) de Cildo Meireles, dos Flans (1968-1975) de Antônio Manuel, dos Outdoors de Nelson Leirner, das Trouxas ensanguentadas (1969) de Artur bairro, entre outros. O conjunto de exemplos selecionados será abordado a partir das noções de arte pública e espaço público definidas por Rosalind Deutsche, bem como da ideia de que essa produção pertence ao que foi denominado por Brian Holmes de terceira fase da crítica institucional, caracterizada, segundo ele, por uma investigação extradisciplinar.
7.       ARTE EXTRAMUROS NO BRASIL. A confluência entre espaço urbano e instituição cultural na formação da vertente artística Extramuros no Brasil. Sylvia Furegatti.
Este trabalho dedica sua análise à construção do conceito Extramuros como caracterizador das práticas da Arte Pública e Urbana instauradas no Brasil, na segunda metade do século XX. Entende-se que o fomento, gerado no interior de instituições museológicas como MAM RJ e MAC USP, produz a fresta necessária para o dado aberto e urbano presentes nos trabalhos de Helio Oiticica, Artur Barrio e Cildo Meireles realizados no período. As idéias de Ambiência, Situações e Experiências apontadas pelo discurso desses artistas e dos curadores atuantes nos ajudam a investigar esse campo ampliado da ação artística, localizado do lado de fora dos museus e galerias, como parte do feixe de opções experimentais do grande sistema da Arte Contemporânea.  A expansão de tais práticas dos centros urbanos capitais para novos territórios é promovida, principalmente, pela ação curatorial dos museus dedicados à Arte Moderna e Contemporânea que efetivam uma ampliação contínua, apesar de irregular, de um mapa de novos projetos extramuros mais tarde vaporizados pela extensão do país. Projetos como Domingos da Criação (1968, RJ), Do Corpo a Terra (1970, BH) ou JAC (SP, dec.70)  sugerem o transbordamento dos museus para o espaço entorno onde já encontram o caráter marginal/além das margens, amplamente investigativo que desejavam. Assim, pretende-se evidenciar com tais exemplos brasileiros o valor do transbordamento dessas vertentes ambientais cuja constituição se forja de modo bastante distinto do afastamento-tipo atribuído pela crítica internacional aos projetos estrangeiros dessa mesma vertente realizados naquele período.
8.       ARTE URBANO Y RECHAZO SOCIAL. La escultura pública La Figura Obscena en Colima, México. Sandra Uribe y Ana B. Uribe.
El objetivo de este trabajo es reflexionar sobre el rechazo social del arte urbano por los ciudadanos del estado de Colima, México, tomando como referencia la escultura pública Figura Obcena del connotado artista José Luis Cuevas. Es una escultura pública monumental, que representa a un animal parado en cuatro patas, levanta una pata simulando la posición donde orinan los animales cuadrúpedos. Se ubica en una avenida central del estado de Colima, junto a un hospital público. Desde su instalación en 2001, la sociedad colimense ha rechazado la obra porque la considera agresiva y no refleja la identidad propia. Las manifestaciones han sido a través de los medios de difusión locales y nacionales. Polémica que dividió a la sociedad que pidió fuera removida. El problema  llegó hasta la Cámara de Diputados del estado de Colima, la Secretaría de Gobernación en el país y la Secretaría de Educación Publica. Reacciones de indignación ha manifestado el creador de la obra. Se han creado páginas exclusivas en torno de la polémica en las redes sociales de internet (facebook) que aluden a una obra que avergüenza a los colimenses. En términos metodológicos, se trabajará con el análisis de la polémica a través de la revisión de documentos hemerográficos, con análisis de la obra desde la perspectiva de los ciudadanos a través de sus manifestaciones en medios públicos, impresos y electrónicos.
9.       A ARTE PÚBLICA NA ÁREA URBANA DA CIDADE de Niterói Dentro do Percurso Litorânea. Helenita Bueno Gonsalez e Maria Clara Amado Martins.
As práticas artísticas que se processam no espaço urbano definem   a qualidade e a identidade do espaço urbano. Essas práticas ao proporem o diálogo com o espaço público provocam sua integração na paisagem local. Na afirmação de Lynch de que  “existem, contudo, funções fundamentais que podem ser expressas pelas formas de uma cidade: circulação, aproveitamento dos espaços mais importantes, pontos-chaves focais”, encontramos apoio metodológico para o nosso objeto de investigação: a cidade de Niterói. Embora Niterói  possua o maior número de obras do arquiteto Oscar Niemeyer, o que já representaria uma intervenção através da arte pública no espaço urbano da cidade, abordaremos apenas aquelas que  relacionam a memória coletiva à histórica, segundo  Brandão em seu texto “Conceitos e princípios sobre identidade e espaço publico”. Assim,  o caminho percorrido para este  entendimento, está definido por um eixo, com 3 marcos principais, iniciando-se  pelo Totem à entrada da cidade, junto à  ponte  Rio-Niterói, passando pelo Caminho Niemeyer, MAC (Museu de Arte Contemporânea) e seguindo até o bairro de Icaraí. Entre estes marcos, serão tratados também, como constituintes da cidade e sua paisagem, a escultura Araribóia, índio considerado fundador da cidade, e também elementos naturais como a Pedra do Índio, e a Pedra de Itapuca, entre outros. Deste modo,  cruzando olhares , o passado e o presente se entrelaçam, reforçando a  relação de   entendimento  de que  a obra de arte e sua atemporalidade colaboram  enquanto arte pública, para a construção do espaço urbano.
10.    PRÁTICAS POLÍTICAS DE VISIBILIDADES NA AMÉRICA LATINA: radição, rupturas e relações entre alteridades:  Goiânia/Goiás e  “la Victoria”, centro do setor sul da cidade de Santiago do Chile. Sainy C. B. Veloso e  Márcia Metran.
Nosso objeto de investigação contempla as práticas políticas de visibilidades, intervencionistas, no centro de duas cidades. Na cidade brasileira de Goiânia/Goiás, Brasil, e em “La Victoria”, centro do setor sul da cidade de Santiago do Chile. Ambas são percebidas no jogo de poderes dos espaços da arte, da luta política e memória da cidade, e compreendidas como um recorte da América Latina atual. Nesses espaços coexistem práticas intervencionistas paradoxais: a permanência de tradições e suas rupturas, resistências à interferência nos espaços públicos e ampliação dos espaços da arte para os espaços compartilhados da cidade, contradições visuais e sociopolíticas. Essas práticas contam com a parceria de artistas anônimos como em Goiânia e artistas fotógrafos que trabalham em grupo, como em Santiago. Do dito, a investigação se insere nas apresentações da área temática “Arte pública e memória nas cidades latino-americanas”. Suas questões metodológicas abarcam relações problematizadoras entre alteridades, espaços de enunciação de identidades e suas expressões visuais, calcadas na escritura historiográfica sobre a memória, os espaços da arte, artistas, e em textos jornalísticos recentes; em pesquisa de campo, com entrevistas, fotografias de intervenções nos espaços urbanos das cidades em questão e a exposição realizada no Museu de Belas Artes de Santiago, intitulada “La Victoria de Todos”, com fotografias de Arthur Conning, Oliver Hartley, Lincoyán Parada, Teodoro Schmidt, e Samuel Shats.
11.    ARTE PÚBLICO Y COMUNIDAD LATINA. La producción artística del Centro Cívico en Este de Los Angeles, Ca. Ana B. Uribe y Rude Calderón.
El crecimiento de la diáspora latina en Estados Unidos ha impactado el arte urbano. No existen estudios suficientes que den cuenta de este proceso. El objetivo de esta ponencia es compartir una reflexión del impacto del arte público creado por artistas de ascendencia latina y dirigido para los latinos en Los Angeles, Se tomarán como referente el Este de Los Angeles, barrio urbano donde se usa cotidianamente el idioma español, lugar calificado como “mexicanización” o “latinización” de Los Angeles. En términos metodológicos trabajaremos con revisión de documentos históricos, análisis de las obras urbanas expuestas. Retomaremos la oferta del arte público en el Centro Cívico del Este de Los Angeles; este lugar cuenta con biblioteca pública, centro de salud, estación de tren, ministerio público y un parque, todos estos lugares con atención bilingüe (español e inglés). Serán considerados los artistas latinos que ganaron convocatoria en 2003 para exponer obras públicas en el Centro Cívico del Este de Los Angeles, particularmente centralizaremos una experiencia de escultura en piedra de dos peces monumentales ubicados en el Parque creados por el escultor costarricense Rude Calderón. Retomaremos sus procesos de producción y creación de su obra en un contexto trasnacional de California, argumentaremos los desafíos por construir arte urbano con una perspectiva universal para todos los ciudadanos, pero al mismo tiempo una obra que atienda a una población específica como son los latinos en Estados Unidos. Con la globalización, la memoria cultural y artística de nuestras ciudades latinas se manifiestan en contextos transnacionales.
12.    ARTE PÚBLICA E OS NÃO-LUGARES. O caso de Mosqueiro: uma ilha de Belém-PA. Renato Vieira de Souza.
Este artigo tem como objetivo mostrar o conceito de um não-lugar inserido numa comunidade afastada das grandes metrópoles nacionais tendo como referência o cenário da arte pública na Ilha de Mosqueiro em Belém–Pará que até a primeira metade do século XX, antes de seu abandono, teve apoio governamental para sua expansão sociocultural. O texto se enquadra nas temáticas que discutem a indiferença dos governos com a arte institucional e não-institucional tocando nos monumentos-símbolos nacionais edificados na primeira metade do século XX que representam bem a concepção de época. Mostra que a relação dos artistas com o lugar permanece viva por seu bucolismo que inspira poéticas visuais traduzidos em intervenções da arte efêmera. Também há referência a empreendimentos turísticos que normalmente têm nas praias seu grande atrativo retomando a polêmica da privatização do espaço público. De posse das contribuições conceituais de autores contemporâneos sobre o assunto, entre os quais Suzane Lacy, Rosalyn Deutsche e Nelson Peixoto têm destaque, pretende-se mostrar contradições presentes num cenário paisagístico obsoleto e com grande potencial turístico, porém, não ignorado por artistas contemporâneos locais.
13.    ARTE PÚBLICA E ARTE DE RUA. Graffiti versus grafite. Waldemar Zaidler.
O objeto de investigação é a contaminação entre o conceito tradicional de arte pública e a concepção contemporânea de arte de rua, assim como a influência dessa contaminação nas políticas públicas. Define-se aqui arte pública como a realizada em espaços públicos, com recursos e por iniciativa do estado, e a arte de rua, também pública, como produto de iniciativas que promovem intervenções artísticas na cidade com recursos privados, com ou sem aprovação do poder público. O estudo enfoca a cidade de São Paulo,  no período 1977/2011. Nos primeiros anos da década de 1980, ignorando alertas de intelectuais e artistas, engendrou-se um equívoco na conceituação do termo graffiti, o que até hoje gera prejuízos para a arte pública e para a arte de rua. O graffiti cumpre, entre outros, o ameaçador papel de questionar o público e o privado. A reação do sistema estabelecido foi cooptá-lo, e a estratégia foi diferenciá-lo da pichação. Forjou-se então o termo grafite, e atribuiu-se a ele o status de arte, no sentido conservador. Esse equívoco, alimentado pela imprensa e pelo mercado de arte, que se infiltrou nas universidades e se tornou consenso, abriu para o poder público a oportunidade de manipular politicamente essa "nova arte", apresentando-a frequentemente como suficiente substituta para outros fazeres artísticos e patrocinando projetos muitas vezes primariamente elaborados. Aprofundou também no artista de rua a falsa noção de que é possível legitimar uma arte que germinou em terreno público, na rua, segundo os moldes daquela consolidada segundo concepções acadêmicas.
14.    GRAFITE E URBANIDADE: insurgências em Vitória – ES. Daniela Coutinho Bissoli e Eneida Maria de Souza Mendonça.
O artigo se desenvolve acerca de uma das formas de arte característica da paisagem urbana contemporânea, o grafite, e sua relação com o espaço urbano. O fenômeno analisado remete tanto ao registro do cotidiano urbano na antiguidade, como à ação subversiva de grupos marginais na década de 1970 em Nova York. Além de apresentar uma breve abordagem histórica, caracterizando o grafite como uma arte da rua, que vem ocupando espaços oficiais de exposição, este artigo, baseado em pesquisa desenvolvida na cidade de Vitória, capital do estado brasileiro do Espírito Santo, analisa a inserção do grafite na paisagem do lugar, como um fenômeno urbano insurgente. O estudo reconhece então a amplitude crescente da difusão da estética inerente ao grafite em ambientes e mídias diversos, optando, porém, por abordá-lo em seu meio original, o espaço urbano, com destaque para seu aspecto transgressor. A pesquisa envolve identificação, classificação e análise das manifestações de grafite estampadas no espaço urbano de Vitória a partir de percurso marcado por intensos fluxos cotidianos. O registro do grafite por meio de levantamento cartográfico e fotográfico foi adotado como o principal suporte para analisar o seu efeito sobre a paisagem. Em caráter complementar, contribuíram para a compreensão da atividade artística em questão, entrevistas realizadas com seus praticantes. Os resultados do estudo indicam entre outros aspectos, a inserção de Vitória na contemporaneidade urbana, reconhecendo-se em seus grafites uma outra urbanidade que insurge a partir de um dos modos de vivenciar a cidade, deslocados das práticas oficiais urbanas, embora, gradativamente cooptadas.

Sessão de comunicações 2 -  Arte Pública e memória nas cidades latinoamericanas
1.       PATRIMÔNIO E MEMÓRIA VIDEOGRÁFICA. Mapeamento audiovisual para catalogação da Arte Publica do Parque Buenos Aires em São Paulo. Claudia Garrocini.
O Parque Buenos Aires, inaugurado em 20 de maio de 1913 como Praça Higienópolis, foi projetado pelo urbanista francês Joseph Antoine Bouvard, na época também responsável pelo projeto do Vale do Anhangabaú e do Parque D. Pedro II.  O projeto inicial, previa a elevação da área central e a construção de um Mirante para observar o Vale do Pacaembu onde foi instalado um espelho d’àgua e um telescópio que davam frente para a Avenida Angélica. A proposta de trabalho está atrelada às questões de catalogação videográfica do patrimônio histórico através de mapeamento do estudo paisagístico traduzidos em imagens n-dimensionais de caráter metalingüístico, da sistematização das informações sobre o acervo de esculturas e da produção de texto e audiovisual destinados à educação e preservação. A pesquisa imagética que apóia os procedimentos artísticos deste documento pode também contribuir para uma transmissão audiovisual do conteúdo dessas informações. A escolha de estudo no Parque Buenos Aires levou em consideração a viabilidade prática da experiência da produção de documento audiovisual suas características e funcionalidade, seja pela área do parque, ou pelo numero de obras que compõe o seu acervo. Além disso é possível notar que o estado de conservação das obras é satisfatório talvez pela localização geopolítica do lugar poder privilegiar esse aspecto.

2.       A PAISAGEM COMO CENÁRIO. Mirante, memória e intervenção. Evandro Andrade e Claudia Garrocini.
A recente evolução da busca de um relacionamento mais próximo da natureza e o crescimento dos estudos sobre, ecologia e economia sustentável faz com que o olhar contemporâneo se volte de certa forma ao paisagismo.  A presente proposta pretende estudar a paisagem como espaço cenográfico, do ponto de vista artístico arquitetônico e das artes visuais no suporte videográfico. Através deste estudo pretendemos revelar os pontos de congruência entre paisagem e cenário, ressaltando a proposta de estudo para intervenção artística de amplitude visual explorando as características de “land art” e “site specifc”; e paralelamente o cenário como pano de fundo da experiência videográfica atenta às particularidades da profundidade de campo e das possibilidades de enquadramento que exploram os recursos para aproximar ou afastar o campo de visão tratando as diferentes escalas da percepção. Na carta de Francesco Petrarca o relato do percurso ao Monte Ventoux, as reflexões sobre a dificuldade do caminho e a satisfação de observar a cidade do alto; pode ser repensada na presente pesquisa, através de estudo de campo aprofundado no Morro do Maciço da Costeira, em Florianópolis, Santa Catarina em continuidade ao trabalho que começou a se estruturar no vídeo documentário Os Mirantes da Ilha. O lugar é potencial ao estudo de intervenção artística no mirante e também promove o pensamento arquitetônico de qualificação para uso do espaço, além suscitar estudos de captação, produção e tratamento documental de imagens.
3.       PUENTE DE LA MEMORIA© Viviana Ponieman.
Como militante adolescente en los 70, devenida artista, me propuse para el XX aniversario del Golpe,  generar un Puente de la Memoria que provoque una toma de conciencia acerca de nuestra historia reciente. Convocando a participar a otros artistas en un diálogo con la sociedad, en la marcha por los derechos Humanos en la que manifestaron 100.000 almas. En un momento donde “la memoria” no era tema de agenda, y se habían suspendido los juicios a los represores con los indultos. Interpelando a los artistas a la reflexión a través de sus obras para dirimirlas en el espacio público. Con el objetivo de: Sacar a la luz las vivencias de una sociedad que cambió, y olvidó su pasado. Reconocer las secuelas que la dictadura dejó en el cuerpo social. Crear un dispositivo atravesando Arte y Política. Retomar la calle, donde habíamos vivido la historia. Transformar el no lugar, Esa Ausencia, en algo tangible. Volver a poner el cuerpo, ocupar la escena para transformarla. Crear un Puente entre: el pasado el presente y el futuro. A través de imágenes rescatadas al calor de los hechos, voy a mostrar cómo también en ese momento y en Democracia, funcionó el “aparato represivo” para borrar la memoria. Y de cómo una manifestación  artística se convirtió así, en un hecho político; ocupando espacios en toda la prensa. Como testimonio, mostraré el registro en video de cómo fue esta intervención en el espacio público en  Av de Mayo: “Un puente para iluminar la Memoria”.
4.       DISCIPLINAMIENTO, INDIVIDUACIÓN: la escena social como nuevo territorio para el arte. Nadinne Canto Novoa.
El carácter «público» de ciertas prácticas artísticas chilenas desarrolladas durante el régimen militar chileno, según la hipótesis central aquí presentada, provendría del marcado interés intervencionista o contextual que cruzaba la escena local; contextual en tanto apuestan por dinamizar la producción colectiva de sentido y reflexionar así la fractura del tejido social, proceso que a su vez ambiciona recuperar las potencialidades críticas del individuo. La redefinición de la experiencia estética del sujeto se convierte en fundamento de las investigaciones vanguardistas, en un contexto en que la lucha política oscila entre el repliegue de la socialización a la esfera privada a causa del estricto control de la circulación de los cuerpos y signos, y un intento de reapropiación contestataria de los espacios públicos por parte de la esfera militante y la artística (tratándose, hasta cierto punto, de esfuerzos separados). Frente a este estado de la cuestión, el arte de avanzada utilizó estratégicamente la retórica del margen (Richard, 2007: 17) para trabajar una reapropiación que pudiese burlar el autoritarismo imperante. Hemos seleccionado dos intervenciones urbanas del periodo, Zonas de Dolor (1979- 1980) de Diamela Eltit y Estudios sobre la felicidad (1979-1981) de Alfredo Jaar, que parecen compartir recursos formales (donde la escritura es planteada como estrategia eficaz a la hora de hacer operar el dispositivo artístico en el tejido simbólico, desmontándolo) y una problemática similar, acorde al objetivo de nuestro examen: aspiramos instalar un dispositivo de lectura que permita comprender cómo el problema de la represión social es pensado en estas obras como represión individualizada.
5.       ARTE PÚBLICO, CIUDADANÍA E HISTORIA. Estrategias para la visibilización de la historia ciudadana. Gisela Villarroel.
En la ciudad de San Juan, Argentina, el pasado año 2010 con la intención de generar en la sociedad reflexión sobre el significado del bicentenario de la independencia, de nuestra historia y de nuestros espacios públicos, el Museo Provincial de Bellas Artes Franklin Rawson, en el marco del “PROYECTO DEL BICENTENARIO: Encuentro de Arte Público -Identidad Provincial. Reflexiones sobre el concepto de ciudadanía en el año del Bicentenario”, convocó a artistas visuales provenientes de distintas disciplinas a proyectar a través de una propuesta artística diferente una Intervención de  Espacios Públicos para Volver Visible la Historia. La comisión evaluadora del Museo seleccionó a 12 artistas o colectivos de arte, provenientes de distintos puntos del país y del extranjero, los cuales realizaron sus intervenciones en los puntos estratégicamente seleccionados de acuerdo a su significación histórica. En este trabajo se pretende mostrar las intervenciones realizadas, tomándolas como discursos, y en base a las teorías de análisis del mismo, hacer una reflexión en torno a los mensajes trasmitidos, los medios utilizados, el contexto histórico y la participación del público como receptor y/o creador del mensaje. Para esto se cuenta con información recabada en el momento de la ejecución de las significativa intervenciones y con entrevistas a los autores de las obras.
6.       UNA EXPLORACIÓN A LA CIUDAD ACTUAL. Deseos, traumas y olvidos en el arte chileno contemporáneo. Carol Illanes.
En las últimas dos décadas Chile a experimentado cambios profundos. Es en los ’90 y en el 2000 que los resultados del régimen autoritario, como aparato de articulación de un nuevo orden social de base neocapitalista, comienzan a hacerse íntegramente palpables. Las consecuencias del mercado como mecanismo organizador de la cultura van desde la mediatización e instantaneidad de las relaciones intersubjetivas hasta la crisis de los espacios públicos. La transición promovió asimismo una relación diferente con la memoria, una democracia bajo la lógica del consenso, “ideología desideologizante” (en términos de Nelly Richard), que opta por borrar las dislocaciones y antagonismos del pasado, haciendo del malestar, la indiferencia y la no pertenencia a una identidad un sentir recurrente en los chilenos y finalmente a Santiago una “ciudad sin ciudadanos”. Esta ponencia pretende explorar dicha experiencia de la ciudad actual en las propuestas en espacios urbanos de los artistas chilenos Carolina Ruff, Claudio Correa, Mario Navarro y Claudia del Fierro. Una aproximación a partir de la relación entre las estrategias del arte público y la experiencia latente de los individuos reflejada en los espacios habitados, proponiendo las obras como relatos de la ciudad; desde el problema del ocultamiento y el silencio del conflicto en el caso de las intervenciones de Ruff; con la ironía hacia una historia perdida y ficcionada en los trabajos de Correa; en la anacrónica politización de los espacios en la obra Navarro y desde la parodia del anonimato y la mundanidad cotidiana en las acciones de Del Fierro.
7.       CONSTRUCCIÓN VISUAL DE LA MEMORIA EN EL ESPACIO PÚBLICO. Memoria y olvido en la ciudad de Medellín. Paolo Villalba Storti.
La ciudad manifiesta unas visualidades que funcionan como dispositivos urbanos productores de sentido y de memoria. El emplazamiento de monumentos, estatuaria pública y lugares de la memoria configura un régimen escópico que busca retratar el pasado con el fin de ganar legitimación en el presente. Sin embargo, estos lugares de la memoria, entendiéndolos no solamente desde su acepción topográfica sino también objetual, devienen en el olvido, puesto que se debaten entre la pertenencia y el desarraigo por parte de los ciudadanos; lugares que se visitan un par de veces para luego olvidar, dándole tiempo libre al peso de la memoria como resultado de dicha exteriorización de la Mnemosine. Dichos lugares de la memoria permean entre la desacralización vertiginosa y la sacralidad temporalmente proscrita por los acuerdos municipales de planeación urbana, que permiten su emplazamiento en el espacio público con miras al establecimiento de una relación simbólica del ciudadano con el lugar, aunque dichas memorias ya no sean habitadas ni le correspondan a éste. De tal manera que si el pasado parece muerto, a éste hay que encarnarlo en tarjetas postales, museos, plazas, parques, esculturas, entre otros; sin duda alguna, éstas son algunas de las estrategias turísticas que el presente le hace al pasado con el fin de potenciarlo. Este texto surge como producto de investigación de la tesis de Maestría en Estética ‘Entre ruinas, lugares y objetos residuales de la memoria’, de la Universidad Nacional de Colombia sede Medellín, cuya ruta metodológica se inscribe dentro de un proyecto hermenéutico, de exploración en el campo, revisión de archivos y literatura.

Sessão de comunicações 3 -  A figura do Herói e a identidade nacional.
1.       LA JURA DE FERNANDO VII EN 1808, EN LA VILLA DE SAN BARTOLOMÉ DE HONDA. La recordatio efímera en el Antiguo Régimen neogranadino. Juan Ricardo Rey-Márquez.
Entre las manifestaciones de arte público, los monumentos conmemorativos tuvieron un lugar de privilegio desde el Antiguo Régimen, cuando surgieron como demostración del poder regio. En la era republicana se refrendó su importancia con la secularización de los nacientes estados, cuando se “monumentalizaron” las glorias de las elites locales y las fechas patrias. No obstante, en la transición entre el Antiguo Régimen y la República no hubo monumentos permanentes. Esto se evidencia en el caso neogranadino, analizado en esta ponencia, donde ni el poder regio ni el republicano fueron consagrados con tal tipo de monumentos. Primero estuvo la recordatio, referida hacia el pacto de poder entre el rey y sus vasallos que venía del pasado, antes que el monumentum patrio, como memoria legada a la posteridad. Por ello la ceremonia efímera en el espacio urbano tuvo gran importancia entre fines del siglo XVIII y mediados del XIX. La presente ponencia analizará la producción plástica efímera para la Jura de Fernando VII en la ciudad de San Bartolomé de Honda, en 1808, ceremonia que antecede la creación simbólica nacional iniciada dos años después. De esta forma se verá una forma de memoria activada con el monumento efímero, la recordatio, que mira al pasado, como un antecedente de las celebraciones patrióticas de la Independencia.
2.       ARTE Y POLÍTICA A MEDIADOS DEL SIGLO XIX EN LA NUEVA GRANADA: el caso del “Bolívar de Tenerani”. Carolina Vanegas Carrasco.
La presente ponencia se detiene en el análisis de la comitencia, la iconografía y la ubicación de la estatua de Simón Bolívar realizada por Pietro Tenerani (1789-1868) en 1844 e instalada en la plaza principal de Bogotá, el 20 de julio de 1846. Se trata del primer monumento levantado en el mundo en honor a Simón Bolívar, dieciséis años después del deceso del héroe, momento en que aun estaban en disputa numerosos aspectos relativos a la organización de la nueva república. En este sentido la obra, que también inauguró la práctica monumental en el espacio público colombiano, encarnó un discurso político central en su momento histórico. A partir de una aproximación que considera diversos aspectos de la historia política colombiana; así como otros tantos de la historia del arte y de la ciudad, se plantea que la potencia de la obra no reside únicamente en su novedad sino en las elecciones iconográficas realizadas por el comitente y el artista, tanto como en su inserción en una ciudad de marcados rasgos coloniales a la que contribuyó a transformar. A pesar de una aparente aceptación general de la obra, la posterior modificación de su pedestal así como la creación de tres obras más en honor al héroe para la misma ciudad, desde ese momento hasta 1910, evidencian la necesidad de algunos sectores de modificar el imaginario bolivariano en el espacio urbano bogotano que la obra de Tenerani había instalado.
3.       DERROTEROS DE UNA IMAGEN. El monumento ecuestre al General José de San Martín en Boulogne sur Mer, Francia, y su destino en suelo americano. Teresa Espantoso Rodríguez y Viviana G. Isola.
Al acercarse la celebración del Centenario de la formación del primer gobierno patrio en Buenos Aires (1810-1910) un grupo de civiles se asoció formando una Comisión para sumarse a esta conmemoración destacando en el ámbito público a figuras relevantes de la independencia sudamericana. El entonces director del Museo Histórico Nacional Adolfo Pedro Carranza participó activamente desde 1906, desde el ámbito municipal, en tal Comisión, que pretendía erigir estatuas de los miembros de aquella  Primera Junta de Gobierno en Buenos Aires; paralelamente la Nación preparaba los festejos en el orden nacional. En ese marco, la colonia argentina en Francia,  que desde principios del siglo XX se interesaba por la vivienda que el General José de San Martín habitara en Boulonge Sur Mer  hasta su muerte, decidió sumarse a los festejos erigiendo un monumento en homenaje al Libertador en dicha localidad. Como resultado de la intervención de la Comisión, se convocó al escultor francés Henri Allouard (1844-1929) quien proyectó un monumento ecuestre que representa a San Martín enarbolando la bandera, inspirándose en el libro que Carranza escribiera sobre el general. Una vez inaugurado el monumento en Francia, el 24 de octubre de 1909, preanunciando los festejos de 1910, en suelo argentino pocos años después se levantaron dos versiones del mismo monumento –en las ciudades de Rosario (1913) y La Plata (1914)-, lo que originó reclamos por parte del artista respecto de los derechos de autor. En el presente trabajo nos proponemos analizar la documentación existente en el Museo Histórico Nacional (Buenos Aires), mantenida entre la Comisión pro-monumento y el Director del Museo respecto de la concresión del monumento erigido en Boulogne sur Mer, así como dilucidar cómo y porqué dicha obra fue duplicada pocos años después en dos ciudades importantes de la República Argentina.
4.       HÉROES DE ALPARGATAS. De la reivindicación política al monumento público. Patricia Favre.
En 1918 el poder ejecutivo de Mendoza decretó la realización de un “Monumento al obrero” para ser erigido en uno de los principales paseos de la ciudad. La iniciativa surgió como corolario del entusiasmo emanado por los festejos del día del trabajador, cuya celebración en la provincia el gobierno había oficializado. Rápidamente se inició una campaña periodística que tenía por finalidad dar a conocer las bases del concurso y promover la participación de los artistas. Con esta propuesta el gobernador José Néstor Lencinas reafirmaba, a poco menos de dos meses de iniciada su gestión, su postura ideológica, que constituía la clave de su triunfo sobre el liberalismo en los pasados comicios. El “lencinismo” no fue ajeno a la importancia de erigir monumentos a los héroes de la patria,  personificados en las figuras fundantes de la nación, ejemplos de valores cívicos y militares, pero proponía incluir en el panteón un modelo nuevo de héroe, anónimo y genérico, que tenía por objeto personificar al trabajador común. El tema abrió una serie de interrogantes sobre los atributos adecuados para representar al obrero, la ubicación del monumento y los medios más convenientes para dignificarlo. Sin embargo, el monumento estuvo lejos de llenar las expectativas oficiales. Aún antes de su realización fue ampliamente rechazado por distintos sectores sociales y políticos. En años posteriores, es indudable que el desprecio aumentó, ya que fue motivo de una “reubicación” que lo sumió en un completo olvido, permaneciendo en la actualidad desconocido para la población. El interés del presente trabajo es el análisis amplio de dicho monumento, atendiendo tanto a la lectura iconográfica de la obra como a la historia política de su realización. La compleja trama de intereses políticos, sociales, económicos, urbanísticos y estéticos, será reconstruida mediante el estudio de los procesos de producción y recepción y del rol que desempeñó en la construcción y/o afirmación de la identidad de los grupos involucrados.
5.       EL MONUMENTO A LOS FUNDADORES DE BAHÍA BLANCA (1928-1931). Diana Ribas.
El monumento a los Fundadores fue proyectado por la “Comisión Hijos de Bahía Blanca” constituida para el Centenario de la localidad, de manera paralela a la que organizó los festejos oficiales de 1928. Se analizará su significación política teniendo en cuenta no sólo este dualismo institucional sino que su inauguración, el 11 de abril de 1931, por un lado, se dio en el marco de las elecciones provinciales organizadas a principios de ese mes por las autoridades militares que habían provocado la ruptura constitucional con el golpe de estado de septiembre de 1930 y, por otro, en coincidencia con la inauguración de importantes instalaciones en el Regimiento V de Ejército, ubicado cercanamente. Por otra parte, la apertura simultánea del I Salón Municipal de Arte organizado por la recientemente creada Comisión Municipal de Bellas Artes y de un nuevo cine en estilo art decó, planteó alternativas al público local desde el punto de vista de la producción de imágenes al mismo tiempo que ofreció algunas similitudes estilísticas. Por último, se tendrá en cuenta la influencia del escultor César Sforza en la constitución del campo artístico local, en tanto la ejecución del monumento ha sido simultánea a la instrumentación de esas gestiones y se advierte su presencia como integrante de jurados en los primeros salones. Según lo expuesto, se complementará el análisis formal del objeto de estudio en relación con su emplazamiento, con el material periodístico referido a la temática publicado en la ciudad y en la Capital Federal.
6.       A POLÊMICA EM TORNO DO MONUMENTO A IRACEMA e a construção do herói nacional. Sabrina Albuquerque de Araújo Costa.
Em 1965, a prefeitura de Fortaleza, no Ceará, organizou um concurso para a construção de um monumento a Iracema, personagem do livro homônimo do cearense José de Alencar. A iniciativa fazia parte das comemorações pelo centenário da virgem dos lábios de mel. A polêmica começou pela Comissão Julgadora, formada exclusivamente por escritores que gozavam de prestígio junto à administração municipal, e ganhou repercussão na cidade após a conquista do primeiro lugar pelo escultor pernambucano Corbiniano Lins. Insatisfeito com o resultado do concurso e sentindo-se preterido por um artista “de fora”, o artista cearense Zenon Barreto redigiu um manifesto questionando a competência da Comissão Julgadora, bem como os critérios de avaliação do concurso. Vários artistas locais assinaram o manifesto, todavia se faz valer o resultado do certame. A celeuma iniciada na esfera artística, repercutida na imprensa, chegou às ruas. Três meses depois de sua inauguração, o monumento foi vítima de vandalismo. Em 1996, no aniversário de 25 anos da Praia de Iracema, a Prefeitura de Fortaleza decidiu presenteá-la com um monumento à índia que empresta o nome à praia. Para a empreitada, propuseram a Zenon Barreto a execução do projeto apresentando para o centenário do romance Iracema, na década de 1960. Atualmente, Fortaleza vive harmonicamente com os dois monumentos à heroína indígena. Este trabalho se propõe a analisar a polêmica em torno dos monumentos a Iracema, levando em consideração aspectos estéticos, sociais e políticos. Paralelo a isso, discorreremos sobre a construção da identidade do herói nacional a partir desses dois trabalhos.
7.       LA CONMEMORACIÓN DEL V CENTENARIO DEL LLAMADO Descubrimiento de América en Bahía Blanca: una nueva conquista sobre el espacio público”. Carolina Montero.
En 1992 se conmemoraron los quinientos años del llamado “Descubrimiento de América”. Esta circunstancia fue motivo de diversas ceremonias en América Latina y también en España. En la ciudad de Bahía Blanca se llevaron adelante distintas actividades en relación a este aniversario: un desfile céntrico, una recreación del desembarco de Cristóbal Colón y su tripulación y la inauguración de una plaza con su nombre.  A su vez, se instalaron dos monumentos en el espacio urbano periférico de la ciudad. Uno de ellos, el de la reina de España Isabel la Católica, fue  ubicado en la plazoleta que se encuentra en la ex – terminal de ómnibus. El otro, dedicado a Cristóbal Colón, se trató de un conjunto compuesto por una pirámide de cemento que contiene tres cerámicas con ilustraciones alusivas al hecho conmemorado y un globo terráqueo, que se asienta sobre ella. El monumento fue instalado en la “Plaza de las Américas”, sobre una de las avenidas que se dirigen al puerto. Este trabajo intentará analizar las representaciones  que se plasmaron en ambos monumentos, teniendo en cuenta las colectividades que buscaron hacerse visibles en este acontecimiento, la materialidad de las obras, el espacio en el que fueron emplazadas, es decir, las voces que participaron y las que se ocultaron. Desde el cruce de la historia cultural, el análisis iconográfico y el formal se establecerán, entonces, qué memorias sobre los quinientos años de la conquista de América se construyeron en la ciudad de Bahía Blanca, utilizando como soporte el espacio público.

Sessão de comunicações  4 -  Intervenções Urbanas, land art e site specific: relações com a arte pública na América Latina
1.       AURA DA OBRA DE ARTE PÚBLICA: uma análise das intervenções artísticas no espaço urbano a partir do conceito benjaminiano de aura. Lamounier Lucas Pereira Júnior.
O artigo em questão, submetido para apreciação ao IIº Seminário Internacional sobre Arte Pública na América Latina, na área temática Arte Pública e Espaço Urbano na América Latina, aborda questões relacionadas ao conceito benjaminiano de aura e propõe uma análise da aura da obra de arte pública, em oposição à arte exposta nos museus. A partir da teoria de Walter Benjamin e dos estudos de Taísa Palhares sobre a crise da arte, discorre-se sobre a existência de uma aura para as obras de arte que se encontram expostas no ambiente urbano e os sucessivos abalos a que ela estaria submetida. Para tanto, utiliza-se como contraponto analítico, inicialmente, os textos de Daniel Buren e Brian O´Dhoerty (No Exterior do Cubo Branco), buscando-se criar uma análise comparativa sobre a aura da obra de arte instalada nos Museus/Galerias e a aura das obras de arte públicas. Como recorte para estudo, destacam-se as intervenções artísticas urbanas temporárias que se utilizam de suportes publicitários de mídia exterior, como no caso das obras de Jenny Holzer, Barbara Kruger e Félix Gonzalez-Torres; a exposição realizada por artistas brasileiros em outdoors publicitários nomeada ArtDoor; as intervenções artísticas urbanas que utilizam diversos outros suportes para a sua concretização e/ou exibição, como no caso das intervenções dos coletivos brasileiros Poro, Vulgo e GIA – Grupo de Interferência Ambiental, além de iniciativas artísticas como o Salão de Abril de Fortaleza e a exposição Muros: Territórios Compartilhados.
2.       ESTÉTICA, COTIDIANO, MEMÓRIA E EMANCIPAÇÃO. Possibilidades formadoras da arte pública. Rita Márcia Magalhães Furtado.
A arte presente no espaço público é uma das possibilidades de interlocução do cidadão com o coletivo, com o subjetivo e/ou com o singular e apresenta-se como uma possibilidade a mais de atribuir sentido à cidadania e à esfera pública. Compreender o modo como os elementos estéticos da arte pública - cotidiano, memória e emancipação - se apresentam com eixo constituinte do processo formador do espectador transposto para as formas de manifestações da coletividade é a intenção desse trabalho que prioriza a fenomenologia como vertente teórica e a pesquisa bibliográfica como metodologia.  A arte, instaurada no espaço público, adquire autonomia pois desloca-se do cotidiano, estando no cotidiano.  Assim, a forma expande-se para uma representação da memória que transcende os limites da consciência individual e, estagnada nos acontecimentos comuns do cotidiano, passa a integrar-se ao espaço coletivo, ativando uma movimentação que vai de nós a nós mesmos, de nós mesmos com o outro e de nós e o outro com o coletivo. Desse modo, a arte pública permite uma melhor compreensão da cidade revelando também uma possibilidade emancipadora no sentido de permitir que na interação, o espectador seja estimulado a se utilizar da sensibilidade, da reflexão, da interrogação, da admiração e até mesmo da indiferença. Nessa interação, a consciência do ser como singular e como parte do coletivo coloca o humano no cerne de uma experiência formadora.
3.       FRONTEIRA: ARTE: DOIS MUNDOS: projetos de arte de Alfredo Jaar e Judi Werthein entre América Latina e os Estados Unidos. Luiz Sérgio de Oliveira.
Há muito que as questões das fronteiras ultrapassaram litígios da geografia física para incorporar as complexidades fluidas da geografia cultural e humana. Nas Américas, não resta dúvida de que a fronteira paradigmática da pós-modernidade é aquela que separa, de um lado, a América Latina, e do outro, a mais rica nação do planeta. No campo específico da arte, as fronteiras no mundo globalizado se tornaram uma questão substantiva no cenário da arte contemporânea,  acompanhando uma nova abordagem do fazer artístico e da construção da história da arte nos quais os contextos sócio-político-culturais têm ganhado proeminência, sendo percebidos pelos artistas e historiadores da arte como algo a ser enfrentado e enfatizado em produções de arte que estão, desde sua gênese, atadas ao meio em que foram produzidas. Nesse novo cenário, a valorização e ênfase no contexto evidenciariam a insuficiência dos paradigmas modernistas, revelando que novos elementos precisavam ser incorporados ao processo de criação e reflexão da arte, transformando sua lógica e ampliando seus contornos para compreender os fatores políticos, culturais, sociais, étnicos, de gênero, raça, entre outros. Neste trabalho nos interessa investigar as respostas de dois artistas latino-americanos  - o chileno Alfredo Jaar e a argentina Judi Werthein - à realidade invulgar e aos dramas da fronteira entre Estados Unidos e América Latina, entre as cidades de San Diego e Tijuana, região caracterizada pelo encontro e pela fricção entre dois fins de mundo, dois mundos apartados pela "linha" que o escritor mexicano Carlos Fuentes chamou de "fronteira de cristal".


4.       THIS LAND YOUR LAND: turismo, transgressão e mobilidade. Ines Linke.
Essa comunicação parte da premissa de que o mundo inteiro é constituído por propriedades particulares ao mesmo tempo em que os direitos à cidade e à natureza manifestam-se como direito à liberdade e à individualização. Ela visa contribuir com a temática arte e intervenções em espaços  extra-urbanos na America Latina por meio de uma reflexão sobre a responsabilidade social da propriedade privada extra-urbana, a extração de recursos naturais e sobre o papel do artista para reclamar o direito à natureza e restituir áreas devastadas. O discurso do desenvolvimento sustentável divulga a idéia que a exploração apropriada dos recursos naturais pode trazer riqueza para à população do país e que o lucro das empresas contribui para o desenvolvimento do bem estar e a melhoria da qualidade de vida de todos. Em Minas Gerais, as serras, montanhas e paisagens estão sendo consumidas, mas a democratização dos benefícios da exploração dos recursos naturais ainda não atingem a maioria da população. O turismo muitas vezes é identificado com a concretização moderna da necessidade humana de estar em outro lugar. No entanto, o trabalho Como pular a cerca toma os passeios turísticos como ponto de partida para ver as coisas locais familiares de novo e de outras maneiras. Trata-se de visitas a lugaresque proíbem a entrada de pessoas não autorizadas, e requerem negociações, entradas escondidas e invasões. Essas estratégias artísticas pretendem renegociar as relações entre propriedade e uso e convidar a uma progressiva apropriação social para democratizar o acesso aos ambientes extra-urbanos
5.       CLAREIRAS: o acesso físico à terra e os modos de produção. Louise Marie Cardoso Ganz.
Se a base do capitalismo se encontra na propriedade de terras, como poderíamos usar terras sem nos tornarmos proprietários? Sem que o Estado, o mercado ou ninguém se torne dono? Que acordos internacionais poderiam ser feitos, independentemente das fronteiras dos países, que possibilitassem o acesso a terras? Como pessoas poderiam utilizar, ou mesmo não utilizar essas terras como espaço de interesse coletivo e sem nacionalidades? Que novos mapas construiríamos com isso? Que modos de vida poderiam surgir? Partimos dessa imagem utópica para pensar, na arte, as questões de acesso público à terra, suas possibilidades de uso e os modos de construção espacial. Tentamos identificar como a ocupação da terra e da natureza, hoje, está cada vez mais relacionada às lógicas de controle, de produção de imagem e do capital especulativo globalizante, em detrimento de culturas locais, como por exemplo, nos vastos territórios de monocultura da soja no Mato Grosso e Amazônia (Brasil). Procuramos identificar novos conceitos de natureza relacionados à biotecnociência. Na crítica de arte contemporânea, Anne Cauquelin, buscamos o conceito de  Paisagens de Segunda Natureza, e na pesquisadora em Estudos Culturais e Midiáticos, Paula Sibília, a relação de biotecnologia e sociedade de controle. A ocupação territorial e seus modos de produção levam ao distanciamento da terra como matéria física, à perda da escala humana e seus modos de habitar e promovem a experiência apenas pela imagem. Apontamos diversos trabalhos da land art que discutem o acesso à terra como formas de resistência e crítica dentro do sistema capitalista. Nossa proposta artística parte da imagem inicial, onde procuraremos construir territórios de acesso somado à construção de mapas com novos usos.
6.       ANÁLISE DE QUATRO EXPOSIÇÕES DE ESCULTURAS RECOMBINANTES, ARTICULADAS AO PÚBLICO E AO CONCEITO DE ESPAÇO PÚBLICO. Sidney Tamai.
Trata-se das diversas formas de exposição dos recombinantes escultóricos desenvolvidos por mim com alunos de faculdades de arquitetura PucCampinas, USF e Unicamp. As esculturas pertencem a uma etapa de um conjunto de atividades desenvolvidas durante um semestre em disciplina do primeiro ano dos cursos. As questões aqui investigadas são as relações entre formas de exposição, interação com o público e o entorno desses recombinantes escultóricos. São apresentadas quatro formas de exposições que estabelecem diálogos específicos nas relações variáveis entre: esculturas, público e lugar.
7.       ARTE PÚBLICA COMO INTERAÇÃO. Proposições mínimas em paisagens banais. Clara Luiza Miranda.
A modalidade de arte pública de intervenção comunitária enseja uma interação intersubjetiva em que arte, cidade, sociedade, comunidade articulam dispositivos de intercâmbio de informação transmitida e transformada entre pessoas, acontecimentos e/ou cenários diversos e simultâneos. Então se torna uma via de aproximação concreta com os fatos da vida pública, ratificando a ação, o processo, a vivência-experiência singular. A arte pública de intervenção comunitária proporciona laboratório/observatório vivo que atua como zona de liminaridade para livre experimentação cultural, em que se podem introduzir novos elementos e novas regras de atuação. Arte, arquitetura e outras modalidades de ação/intervenção urbana constituem uma interface, levando artistas e arquitetos a distanciarem-se de seu campo e de sua linguagem específica. A arte prescinde da experiência contemplativa/visual e da obra/objeto, a arquitetura, além disso, confronta sua obsessão colonizadora do território. Neste ensaio interessam trabalhos que realizam proposições mínimas em espaços banais, vagos, contudo provêm instrumentos que possibilitam fatos ocorrerem, criando lugares-advento. O trabalho “lotes vagos: ação coletiva de ocupação urbana experimental” de Breno Silva e Louise Ganz tem a finalidade de transformar lotes de propriedade privada desocupados em espaços públicos temporários mediante usos propostos pela população local. Neste tipo de intervenção os artistas são catalisadores de mudanças e operam em conjunto com a população local. Eles fazem uma modalidade de arte pública em que a aproximação entre arte e vida é decisiva, priorizando sobremodo os processos interativos. Além desta, outras proposições e experiências em paisagens banais de cunho “menor” serão abordadas segundo sua implicação sensível/política.
8.       WORKSHOP [ZONAS LIMINARES]: agenciamento situacional de pesquisadores, práticas artísticas e mapeamento de fenômenos urbanos. Antoni Muntadas, David Moreno Sperling, Fábio Lopes de Souza Santos e Ruy Sardinha Lopes.
O artigo pretende refletir sobre a experiência do Workshop [ZONAS LIMINARES] realizado em agosto de 2010, no âmbito Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, em São Carlos, em parceria com o SESC São Paulo. A atividade, coordenada pelos autores, contou com a participação de estudantes de arquitetura e urbanismo, de fotógrafos, artistas multimeios e coletivos de arte. O workshop será discutido neste artigo segundo três linhas principais. A primeira linha focará a experiência de criação de um agenciamento situacional de pesquisadores, arquitetos e artistas para promover mapeamentos de fenômenos urbanos emergentes. A segunda linha focará a especificidade dos fenômenos mapeados e de seu contexto. Seu objetivo foi cartografar as formas como alguns processos normalmente associados a subúrbios de grandes cidades e metrópoles ao redor do globo ocorrem em uma cidade latino-americana de porte médio, São Carlos, situada no do interior do Estado de São Paulo, sudoeste do Brasil. O foco do workshop dirigiu-se à associação entre desenvolvimento urbano, emergência de novos modos de vida, e crescimento exponencial de novas situações urbanas nos últimos quinze anos. A terceira linha focará a utilização de práticas artísticas contemporâneas como meio potencial para tornar legíveis processos e formas de ocupação das cidades nem sempre visíveis ao olhar cotidiano. Ao demarcar aspectos ainda imprecisos e dotá-los de visibilidade, acredita-se que a arte se converte em meio-chave para o entendimento crítico da realidade e preencher pontos cegos das metodologias de investigação urbana.
9.       O APARELHADO NO JARDIM. Uma proposta narrativa de antimonumento na UFSM. Fabio Purper Machado e José Francisco Flores Goulart.
Este texto, dentro da temática Arte e intervenções em espaços extra-urbanos na América Latina, trata de uma pesquisa em escultura onde se enfatizam a materialidade da argila no gesto do modelado, as aproximações entre a figuração atingida e a linguagem das histórias em quadrinhos poético-filosóficas (Santos Neto, 2009), suas possibilidades alegóricas como problematização de questões sociais e valores estéticos, e, enfim, sua culminância num espaço público: o projeto “O Sujeito Aparelhado” no jardim de esculturas do Centro de Educação do campus da Universidade Federal de Santa Maria, como trabalho de graduação do autor no Bacharelado em Artes Visuais da instituição, aliado a um projeto de revitalização deste espaço, empreendido pelo prof. Ms. José Francisco Flores Goulart. São abordadas aqui idéias, influências e leituras que traçam um fio condutor para a compreensão da trajetória desta pesquisa e de questões que envolvem seu momento atual, entre elas o dilema entre o monumento/antimonumento público e os interesses do poder (Alves, 2005), e as acumulações, apropriações e disseminações imagéticas da cibercultura (Couchot, 2003), tendo esta aproximação sido iniciada em estudos empreendidos pelo autor na Licenciatura em Artes Visuais na USFM. Reflete-se nesta pesquisa artística uma relação com o riso do escárnio, e também com aquele de quando nos deparamos com o abismo...
10.    BIKE FOODS: passeio, natureza e modos de produção. Louise Marie Cardoso Ganz.
Vivemos em um sistema que envolve produção, distribuição e consumo. BikeFoods é uma ação experimental no campo da arte, proposta por Ines Linke e Louise Ganz, que  investiga os sentidos de passeio, natureza e modos de produção. Sugere uma mudança nos comportamentos e modos de vida cotidianos da sociedade capitalista contemporânea. A ação consta de uma rotina de passeios feitos de bicicleta em zona periurbana, onde se encontram diversas propriedades de agricultura familiar – sistema que no Brasil responde a 70% da produção de alimentos. A proximidade das hortas da área urbana possibilita acesso direto aos alimentos. A bicicleta é o veículo de passeio e ao mesmo tempo tornar-se-á um dispositivo ecológico de carga, para transportarmos as hortaliças e para desdobrarmos em um espaço-ambiente para cozinhar, comer e descansar. O desenvolvimento de tecnologias construtivas que incluam desde o design dos utensílios domésticos para cozinha até o ambiente funcional com aproveitamentos energéticos e espacialidades desdobradas da bicicleta, discutem os ecossistemas rurais e urbanos e suas realidades sócio-políticas. Exploramos a natureza como um sistema dinâmico e interativo. A criação de receitas com os alimentos das hortas, explorando sabores e formas escultóricas é outra etapa da investigação que possibilita uma auto gestão do equipamento, pois os pratos inventados serão comercializados em diversas áreas urbanas onde o dispositivo BikeFoods se instalará temporariamente. Discutimos assim, no campo da arte, diversos momentos da sustentabilidade, que envolve modos de produção, distribuição e consumo.
11.    A EXPERIÊNCIA PRIVADA COM A ARTE PUBLICA NO PROJETO INQUILINO. Julio Cesar da Silva.
Este estudo propõe uma reflexão sobre o Projeto Inquilino, em suas três edições destacando-se a experiência com espaços não convencionais de arte na cidade, a partir de relações com a experiência privada sensível, focando-se  na experiência sinestésica de cada observador/partícipe, no factual do evento produzido e produzindo pela e na memória pessoal e coletiva. Os conceitos de publico e privado na relação com o espaço da residência (casa) catalisam o conceito de habitar como o elemento potencializador do privado na intercessão entre observador, cidade e obra. O Projeto Inquilino na sua terceria edição intitulado Presença remete a experiências atávicas com a residência, a casa. Um ninho bachelariano, núcleo de intimidades produzido pelo habitar, pelo abrigar-se na cidade. A casa, contaminada pela intervenção que a anima, entrega seu corpo com iluminação cinética e sons gerados na estrutura do imóvel, redimensiona seu novo estado, do inanimado ao animado. Cinema, palavra-chave, extrato de luz que virtualiza o real antes mesmo deste adensar-se em imagens luminosas no cérebro do observador. A realidade constatada pelo tátil, confundindo o olho. Presença como o dasein Heidegeriano. Presença se dá na ausência dando espaço ao presente do sentir, no evento do eu que se abre para o mundo e reciprocamente, como quer Henri Maldiney,  na verdade do sentir, do já vivido que está no agora, no presente. Uma presença a fundar o originário. Enfim, o Projeto Inquilino, como obra pública, reorganiza a lógica pontual de espaços de habitação, transporta a cidade arquitetônica, a redimensiona como cidade documento e como cidade arte.


12.    MARGINALIDAD, MEMORIA Y ENCUENTRO. Experiencias de arte, ciudadanía y entorno urbano en el Chile actual. Bernardita Abarca Barboza.
El arte en el espacio público requiere de su relación con las personas en el núcleo social sobre el que se está realizando la propuesta. Esta puede referirse al espacio público en sí (arquitectura, tramas de circulación, espacios colectivos de permanencia), los habitantes de un sector, los usuarios que circulan entre distintos puntos y al encuentro con la historia que subyace en los emplazamientos urbanos. Se trata de un tipo de obra cuyo centro no es el objeto o acción que se expone, sino la sociedad misma, ya que al optar por el espacio público se opta también por todo lo que ocurre en él y por lo tanto las personas son un aspecto fundamental de este espacio que es habitado, transitado, experimentado, vivido, en conclusión, espacio social. De modo que la intervención de las tramas sociales debiera considerar los escenarios urbanos y las estéticas presentes en éstos, generando una construcción que cobra sentido en su conjunto. Considerando lo anterior, las siguientes experiencias se abordan en esta investigación: A Escala (2001),  en que Voluspa Jarpa altera el paisaje cotidiano con un rectángulo azul eléctrico que llama la atención sobre un sitio eriazo; Casa Cartel (2001), de Andrés Durán, expone la precariedad de una vivienda en gigantografías; Exposición transitoria (2006), de Máximo Corvalán, expone las rutinas de dos indigentes como espectáculo, y Casagrande bombardea de poemas la Plaza de la Constitución (2001), invitando a los asistentes a apropiarse literalmente de ellos en un acto que reconcilia este espacio con su historia.
13.    O TRÂNSITO ENTRE ESPAÇOS E LUGARES: Experiências de Gordon-Matta Clark e o grupo Viajou sem Passaporte. Paola Lopes Zamariola.
O objetivo que fundamenta essa pesquisa é a investigação dos modos híbridos de criação em arte contemporânea que se estruturam pela composição espacial como seu eixo central, com ênfase para os processos gerados a partir das especificidades materiais e locais em seus procedimentos. Sob esse contexto, os desdobramentos e os diálogos existentes entre os elementos arquiteturais, esculturais, plásticos e performáticos, são analisados a fim de reconhecer a presença do conceito de “teatralidade” discutido por Rosalind Krauss em casos pontuais da produção artística atual. Pretende-se melhor compreender de que maneira o deslocamento de um objeto, a alteração de um lugar ou intervenção em um espaço, como ações estéticas e artísticas, podem alterar a relação do observador/espectador com o objeto de Arte.  À luz do trabalho desenvolvido pelo artista Gordon-Matta Clark no Chile, em 1971, e o grupo brasileiro Viajou sem Passaporte, na década de 70/80, propõe-se o mapeamento e a analise das co-relações e motivações que possibilitaram em suas poéticas o trânsito entre o cubo branco e a paisagem, e entre a caixa preta e a cidade. O viés crítico-político é também considerado no estudo dessas produções artísticas, uma vez que elementos sócio-culturais do período em que foram geradas determina a sua perspectiva formal e temática, além de sua influência histórica na atual construção do panorama contemporâneo dos projetos artísticos de caráter público.
14.    ARTE PÚBLICA E INDIVIDUALIDADE: estratégias no “habitar” o espaço da obra. Angela Maria Grando Bezerra e Melina Almada Sarnaglia.
A condição posta pelo conceito de arte pública reverbera muitas vezes na aceitação de uma prática atualizada em espaços públicos. Contudo, sua configuração pode abarcar práticas que tem em si outras características e envolvem procedimentos que enriquecem diferentes estudos na atualidade. A crítica coreana Miwon Kwon alerta para mudanças ocorridas no contexto da arte publica e esquematiza três paradigmas que podem engendrar sua noção. Nosso interesse porta sobre o que Kwon descreve como o segundo entre eles e para o qual propõe uma arte menos ligada ao objeto e mais relacionada com a especificidade do lugar.  Tal descrição de arte pública é o ponto de partida para reflexionar sobre a condição de teatralidade descrita por Michael Fried, em relação à arte minimalista, e questionar como nesta constituição o processamento da relação entre o espaço e o espectador vai ser articulado. Na reflexão feita por Fried, a obra de arte ao ocupar um espaço comum com o espectador perde a capacidade de ensimesmamento e enfraquece seu discurso na teatralização das ações. Propomos discutir que implicações a prática em torno da teatralidade provoca na obra de Oiticica, particularmente em seu trabalho Éden (1967), uma vez que em seu processamento se busca o diálogo do espaço extremamente planejado e preparado para receber o espectador. Diante desse condicionamento ativado pela obra, discutiremos os embates possíveis entre as noções de [pro]posição e [im]posição, instituídos a partir deste pretenso pensar e “habitar” o espaço em si, o espaço da obra.
15.    “TEATRO CALLEJERO” Y “PERFORMANCE URBANA”. Dos maneras coyunturales de hacer arte público en democracia. María Laura González.
Este trabajo ─pensado para ser insertado en la categoría “Arte performático e intervenciones escénicas y sonoras en el espacio público latinoamericano”─ se propone analizar dos formas de intervenir el espacio público desde el arte teatral. La primera será el “teatro callejero” de índole más tradicional, y la segunda, la “performance urbana”. Ambas expresiones teatrales convivieron en la misma ciudad de Buenos Aires, luego del advenimiento democrático de 1983, pero supieron acuñar características disímiles. Por ello se intentará observar los procedimientos estilísticos de cada una (apropiación de técnicas circenses, utilería y vestuario empleados, inclusión o no de textos dramáticos, entre otros aspectos relevantes) bajo la ejemplificación de dos grupos correspondientes: el “Teatro de al Libertad” y “La Organización Negra”. Asimismo, se tomará como eje central de análisis la manera de apropiarse del espacio público, y por consiguiente el lugar del transeúnte/espectador, respectivamente. En este sentido, nos interesa reflexionar sobre las condiciones textuales (provistas por la convención de teatralidad propiamente dicha) y las extra-textuales que a nivel socio-cultural marcaron al periodo desde una fuerte democratización política (las cuales fueron capaces de posibilitar a ambas expresiones como coyunturales). Por otro lado, al ser efímeras por condición comparten una intangibilidad teatral inherente. Rasgo que no se puede omitir al elegir este tipo de arte como objeto de estudio. Más aún, cuando los espacios públicos que han sido (momentáneamente) escenarios, no registran huellas de las obras, ni dan cuenta de ellas. Por ello, esta ausencia, durante la exposición, intentará ser suturada con algunas fotografías reunidas.
16.    “O GUARDA-CIRCO” E A PERFORMANCE CLOWNESCA NOS ESPAÇOS PÚBLICOS DE FLORIANÓPOLIS – SC Raquel Guerra e Laédio José Martins.
Este artigo discorre sobre a performance  clownesca do espetáculo “O Guarda-Circo”, do coletivo teatral Ateliê do Comediante, de Florianópolis – SC, e a relação da proposta cênica com a ocupação de espaços públicos. “O Guarda-Circo”, espetáculo em foco, brinca com os clássicos circenses: a corda bamba, o coelho da cartola, os cavalos amestrados, o globo da morte, entre outras atrações que são anunciadas. É nesse contexto, que alude à chegada do circo à cidade, que atores sob pernas-de-pau e bicicleta dão início à peça e convidam o público a assistir e participar. A ‘invasão’ da arte do palhaço em espaços onde a população circula como ruas, praças e calçadões, bem como recursos e tratamento artístico utilizado pelo grupo é o objeto analisado. Dentre as questões-problema o artigo debate: de que forma a performance clownesca apresentada na rua possibilita a descentralização do acesso à cultura na cidade? É possível pensar numa “democratização cultural” a partir da intervenção circense em espaços públicos? Como a montagem está relacionada à proposta cultural do coletivo? A questão e o objeto ainda são analisados pela relação centro-periferia, uma vez que um dos objetivos artísticos do Ateliê do Comediante é a difusão da cultura teatral/circense nos bairros mais distantes do centro de Florianópolis.
17.    AS INCORPORAÇÕES DAS AÇÕES URBANAS NA CIDADE CONTEMPORÂNEA. Ivvy Pessôa Quintella e Michel Masson.
A pesquisa aborda as incorporações da arte na composição dinâmica de forças da cidade contemporânea. Atualmente, alguns críticos apontam um paradoxo: a despeito de sua potência provocadora, a arte estaria contribuindo para os processos de gentrificação e de espetacularização das cidades, por meio de estratégias de marketing estetizadas, processo abordado por Henri-Pierre Jeudy e Paola Jacques. Entretanto, é notável a significativa transformação que levou a arte na cidade a tornar-se cada vez mais efêmera e performática: a obra hoje pode se articular como um “acontecimento” ou "ação" programada pelo artista. Questiona-se, entretanto, se essa "desmaterialização" da arte urbana seria estratégia suficiente para fazê-la escapar da espetacularização urbana. Como fazer para que as ações artísticas não se articulem dentro de uma lógica excludente na composição de cenários (esculturas/ instalações) e eventos (ações) espetaculares? Nesse contexto, pretende-se analisar o impacto de algumas ações efêmeras realizadas no Rio de Janeiro por artistas contemporâneos, tais como Ronald Duarte, Guga Ferraz e Alexandre Vogler, assim como a iniciativa do prêmio "Interferências urbanas", realizado na Cidade em 2008. As análises serão apoiadas nos discussões empreendidas por Vera Pallamin, Nelson Brissac Peixoto e Fernando Cocchiarale. Busca-se indagar se tais ações artísticas, por meio de sua potência crítica, têm logrado ampliar o debate sobre a cidade e o uso que se faz dela, contribuindo efetivamente para a apropriação social dos espaços, ou se continuam sendo acolhidas como evento (e espetáculo), ou ainda decaindo num "denuncismo" vazio.
18.    EIA, EXPERIÊNCIA IMERSIVA AMBIENTAL: ações na cidade de São Paulo. Milena Durante.
O objetivo do artigo, do qual trata este resumo, é analisar as experiências dos cerca de seis anos (2004 a 2011) de atuação do grupo EIA (experiência imersiva ambiental) em sua proposição de encontros de intervenção urbana na cidade de São Paulo, a ampla participação de diversos outros grupos e artistas de diferentes cidades do Brasil e alguns países latino americanos, além das propostas de intervenção realizadas em parceria com coletivos de arte, artistas, arquitetos, urbanistas e interessados advindos de áreas de interesse variadas. As principais questões trazidas serão: a não realização de curadoria, o processo de imersão na cidade, a experimentação artística, a multidisciplinaridade e a gestão horizontal do grupo, a transversalidade dos temas das propostas realizadas, as relações de possibilidade e independência do grupo em relação a editais e financiamentos público-privados, os processos de aprendizagem, troca e produção de subjetividade possíveis através de tais experiências de convivência e criação. Alguns exemplos de propostas que serão discutidas no artigo: “SPLAC”, evento de exposição de placas de propaganda de imóveis à venda alteradas em praça pública discutindo a especulação imobiliária, “Atitude Suspeita”, evento que propunha a criação de ações em frente às câmaras de vigilância e ainda as próprias semanas de imersão realizadas em São Paulo e que contaram com a participação de inscritos como: Bijari, GIA, Poro, etc. e que passaram por um intenso processo de transformação à medida que o grupo e os participantes desejavam experiências cada vez mais aprofundadas em relação às especificidades da cidade.
19.    A INTERVENÇÃO DA POÉTICA VISUAL DE  EDUARDO KOBRA NA CIDADE DE SÃO PAULO. Dalmo de Oliveira Souza e Silva e Marina Jugue Chinem.
A pesquisa tem como objetivo analisar a linguagem do grafite enquanto expressão e impressão da arte urbana. O estudo vem construir a análise iconográfica da produção e a intervenção das obras do artista Eduardo Kobra. Estas obras procuram trazer a idéia de como a poética visual pode ser encontrada nas paredes e nos muros dos centros urbanos, estes tragados pelo volume de informação e aceleração de um desenvolvimento desgovernado e vertiginoso, contribuindo desta forma para ampliar a discussão sobre o papel da arte do grafite e sua relação com o cotidiano da "urbis''. Uma estética que busca dar uma identidade para a arte pública e contemporânea na cidade de São Paulo que está entre os três principais centros de produção de grafite da América Latina e do mundo.
20.    ESCULPIENDO ESPACIOS POLÍTICOS. C.A.D.A. y sus intervenciones en el espacio público. Beatriz Sánchez.
El grupo CADA (Colectivo de Acciones de Arte), 1979- 1984, intervino artísticamente, con sus “acciones de arte” la ciudad de Santiago, durante la dictadura militar chilena, reclamando con ello una ciudad sitiada por la violencia. El colectivo logró re-presentar al transeúnte ciertos espacios ciudadanos, proponiéndolos bajo formas de un arte de vanguardia, e intervenir los modos habituales de recorrerlos y percibirlos, proponiendo una ampliación del espacio creativo individual y social, cuestionando así tanto los límites del espacio tradicional artístico como la carga represiva que operaba sobre la escena de “lo público”. Algunas de las acciones de CADA —como “Para no morir de hambre en el arte”, 1979, y “¡Ay Sudamérica!”, 1981— resultan particularmente interesantes como reposicionamiento del concepto de “escultura social”, que plantea la intervención del tiempo y espacio en el cual vivimos, haciéndolo más vivible y más visible. Como trasfondo de estas acciones estaba la voluntad de trabajar con la realidad histórico-política del momento, transformándola volumétricamente en material de arte. El trabajo que presento tiene por objeto visualizar, desde una perspectiva actual, el modo en que los trabajos de CADA afectaron el espacio político o las nociones epocales de lo político. Es sugestivo que, a pesar de los 33 años  transcurridos desde la aparición de este colectivo, todavía no se perciba en el medio local una valoración clara de la incidencia que la acción artística puede tener en la gestación de los procesos sociales de cambio, cuestión que el presente trabajo pretende plantear buscando dar algunas lecturas e interpretaciones.
21.    DA ESFERA RELACIONAL AO ESPAÇO PÚBLICO: O Projeto Terra Doce na via UERJ – Mangueira. Isabela Frade, Joice Henck e Letícia Saraiva.
No espaço do convívio, o projeto Terra Doce: saberes compartilhados na dinamização da produção em arte e ações ambientais na comunidade feminina mangueirense gera o diálogo sobre a condição feminina como o estado do “não-lugar” (Derrida, 2004), na comunicação da condição de resistência que em Deleuze (2002) se constitui através da idéia de dobra. Dá-se abertura à reflexão na afirmação sobre a mulher, seu espaço e seu corpo, a feminilidade, a movimentação do feminino; questões que geraram o coletivo O Círculo de Arte da Terra, em sua forma sintética, O Círculo, e marcam sua produção plástica. Do partilhamento íntimo do sensível (Rancière, 2009) se alça com abertura e amplidão na interlocução com a urbe carioca, em trajetórias ampliadas da via UERJ-Mangueira. Na experiência no lidar com a Terra, “corpo do mundo” (Castro, 2009); a argila como veículo do fazer em afetividade expansiva conjura docilidade como arma e defesa; a plasticidade convoca o exercício do encontro em dinâmicas diversas, em espaços cada vez mais abertos. Faz-se um tempo de reflexão que não é só do Círculo, mas de todas as mulheres uerjianas e mangueirenses. Produtoras de arte resilentes e desejosas, na visagem das relações exteriores ao coletivo constituímos a dialógica ampliada da arte pública.
22.    LA CIUDAD DEL MARGEN. más allá del arte público comunitario. Un proyecto de Ángela Ramírez. Ignacio Szmulewicz R.
La ponencia realiza una revisión del concepto de arte público comunitario (community-based art) a la vista de la intervención colaborativa realizada por la escultora chilena Ángela Ramírez en un sector periférico de Santiago de Chile (2008-2010). En esta propuesta encuentro claves para expandir la noción, hoy en día global, de arte público comunitario –entendida como una aproximación contextual y colaborativa con la comunidad. Esta noción comenzó a gestarse con las expansiones del medio artístico norteamericano en la década de los 60 y 70, concentrándose en una revisión del paradigma de monumento y el activismo artístico por una serie de creadores en los años 80 (Wodiczko, Serra, Lin, Haacke, etc.). A comienzos de los 90, el concepto de community-based art es acuñado como una nueva forma de comprender la relación entre arte y ciudad, tomando como ejes la comunidad y la participación. En este marco teórico e histórico, el community-based art se ha vuelto lengua franca para denominar prácticas heteróclitas que abordan la ciudad. La metodología de la ponencia aborda problemáticas contemporáneas de la historia del arte y la teoría artística ligadas a la relación entre arte y ciudad. Así, la ponencia profundiza el análisis de un proyecto de intervención colaborativa que expande y tuerce los límites de la noción ya nombrada. En esta expansión se ponen en evidencia los descalces teóricos entre el centro y la periferia, los cruces entre disciplinas al interior de un proyecto artístico; como también los aportes de una historia ligada al arte urbano en Latinoamérica.


Sessão de comunicações  5 -  Patrimônio, memória e políticas de governo para a arte pública na América Latina
1.       A CIDADE COMO ORGANISMO VIVO: as alterações na paisagem de vitória do século xix a 1950. Aparecido José Cirillo. e Rosa da Penha Ferreira da Costa.
Este artigo baseia-se nos estudos realizados no Programa de Mestrado em Artes, na Universidade Federal do Espírito Santo. Seu objetivo é mostrar as alterações ocorridas na paisagem de Vitória (ES), no período que vai do século XIX até 1950. Apresenta alguns conceitos relativos à paisagem e utiliza como base os Projetos Urbanísticos desenvolvidos para a Cidade de Vitória, capital do Espírito Santo. Mostra a expansão da Cidade, os aterros ocorridos e as alterações na mancha urbana de Vitória no período citado. A metodologia utilizada foi o levantamento bibliográfico e documental sobre o tema em questão, bem como consulta ao acervo fotográfico do Arquivo Público do Município de Vitória, na busca de fotografias para ilustrar a pesquisa. O referencial teórico utilizado são os livros Morfologia Urbana e desenho da Cidade, de José M. Ressano Garcia Lamas e Vitória: sítio físico e paisagem, de Letícia Beccalli Klug. O trabalho encontra-se dividido em dois capítulos: o primeiro capítulo disserta sobre conceitos de paisagem e espaço, fundamentais para compreensão do segundo capítulo: Vitória (ES), no qual está descrito a expansão da cidade, do século XIX até 1950, os planos e projetos elaborados nesse período e as conseqüentes alterações na sua paisagem.
2.       ENTRE PROGRAMAS E PROJETOS. Maria Helena Lindenberg e Samira Margotto.
Entre programas de Governo e inúmeros projetos vivem os profissionais da área da cultura que atuam no setor público no Brasil. Parte considerável desse trabalho é fruto da junção e adaptação de projetos elaborados ao longo dos anos para se encaixarem nos moldes do “último”edital, da “última” proposta. Em abril de 2010, como parte do Programa Brasil Patrimônio Cultural do Ministério da Cultura mais um trabalho foi entregue: Plano de trabalho para execução de restauração e revitalização dos monumentos públicos de valor histórico e artístico na área central de Vitória. O Plano de trabalho previa o restauro das obras localizadas no Centro histórico do município de Vitória. São esculturas e monumentos urbanos previamente inventariados e catalogados, realizados entre 1911 e 2004. Previsto para ser iniciado ainda naquele ano e para ser concluído em 2012, ou seja, em dois anos, o projeto ainda não teve seu inicio concretizado. Problemas de ordens diversas impedem as ações concretas do trabalho de elaboração intelectual. Se as ações e etapas sofrem pequenas adaptações para se encaixarem nos moldes previstos, o ânimo de elaborar ou adaptar mais um projeto é tarefa que tira o fôlego. A partir desse estudo de caso é possível dissecar alguns aspectos da relação entre arte pública, legislação e políticas de governo no Brasil.
3.       ARTE PÚBLICO, ARTE URBANO. Debates y proyectos en la Buenos Aires de los años veinte. Raúl E. Piccioni.
El presente trabajo se propone explorar los debates, ideas  y proyectos en torno al Arte Público desarrollados en la ciudad de Buenos Aires a lo largo de la década de 1920,  centrándose en particular en el año 1925. Ese año fue significativo para el estudio del Arte público en nuestro territorio, porque, por un lado, fue el momento en que se presentó el Proyecto Orgánico para la Ciudad de Buenos Aires, realizado por la Comisión de Estética Edilicia y el paisajista francés Jaques-Charles Forestier, solicitado por la intendencia del Dr. Carlos Noel. Por otro lado, fue el año de la publicación de una serie de artículos aparecidos en el diario La Nación, escritos por el pintor Eduardo Schiaffino, como crítica al mencionado plan y que dos años después fueron compilados en el libro Urbanización de Buenos Aires. En el primero, el concepto de Arte Público se asocia al de Arte Urbano y el plan es una síntesis de las principales corrientes teóricas del urbanismo de esos años, que van desde los planteos  de Camillo Sitte hasta el Civic Art de Hegemann y Peets, incorporando también las experiencias de la ciudad jardín derivadas del pensamiento de Howard. En el segundo se presenta una visión diferente del concepto de Arte Público presentado en el mencionado plan. Sus ideas derivan de las experiencias de la estética urbana y de un proyecto civilizatorio de educación del gusto. 
4.       TENSIONES Y VIRAJES EN EL DIÁLOGO DE LOS MONUMENTOS CONMEMORATIVOS CON LA CIUDAD. Referentes para la discusión a partir del caso de Tunja, Colombia. Julián Andrés Llanos Jaramillo.
Las obras de arte público en las ciudades contemporáneas, particularmente las conmemorativas, ¿siguen transmitiendo mensajes similares a los que pretendieron asignarles quienes las concibieron y entronizaron en el espacio público? ¿Son percibidas de la misma manera por parte de los individuos? Para intentar una aproximación a los caminos sugeridos por estos interrogantes, es necesario revisar algunas dinámicas, intervenciones y variaciones que han determinado y enmarcan en la actualidad el proceso comunicativo entablado entre el territorio y sus habitantes. El trabajo propuesto aborda estas cuestiones, las cuales fueron tratadas en el marco de la investigación “Memoria y sentidos, arte público escultórico en Tunja”, realizado con el grupo de investigación Nodos de la Universidad de Boyacá, Colombia. En términos del objetivo general del estudio, éste consistió en identificar la comunicación desplegada entre la ciudad, los ciudadanos y las obras catalogadas bajo la denominación “arte público escultórico”. En lo referente a la metodología empleada, se implementó un conjunto de acciones puntuales: consulta documental, realización de entrevistas con profesionales conocedores de las materias en cuestión, aplicación de encuestas a los habitantes, revisión sistematizada de bibliografía afín, recorridos sobre terreno y registro en diario de campo de las observaciones in situ. Así, a partir de estos fundamentos conceptuales y metodológicos, la ponencia propone una visión panorámica de esa relación dialógica, al tiempo que presenta ejemplos de tres operaciones (desconocimiento, olvido y reapropiación) que en el caso de Tunja, han conducido a una especie de “invisibilización” o “desnaturalización” de las piezas.
5.       A ARTE PÚBLICA NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS: o papel do poder pùblico na política de construção de um acervo de arte pública. Maria de Lourdes Pires e Jeanine Mara Tavares.
A política de inserção de obras de arte no espaço público tem sido um tema polemico e conflitante dentro do campo da arte pública. Leis de incentivos de caráter obrigatório, falta de critérios para uma inserção qualificada, a falta de uma gestão pública tem caracterizado a pratica na maioria das cidades em latino-america.O presente texto pretende colocar a experiência da gestão de Arte Pública  desenvolvida na cidade de Florianópolis há mais de 21 anos, com a criação da Lei Municipal nº3255/89 de incentivo a inserção de obras de arte nas edificações a exemplo de outras cidades brasileiras, discutindo prioritariamente o papel da comissão, seus critérios de avaliação e a construção de uma nova proposta de lei que possa qualificar de forma contendente a paisagem urbana da cidade e o acervo de Arte Pública. É nosso objetivo principal discutir as leis de incentivo como estratégia para implantação de uma política pública de inserção de obra de arte de uma forma mais democrática e comprometida com a cidade e a arte contemporânea.
6.       ARTE PÚBLICA E ESPAÇO URBANO: marcas da Bienal do MERCOSUL na cidade de Porto Alegre. Bianca Knaak.
Esta comunicação aborda a construção partilhada de sentido (Rancière), quando uma obra de arte exibida em espaço urbano torna-se uma verdadeira aparição (Arendt), realizando-se numa ampla intervenção cultural na cidade (Ardenne). Focamos as Bienais do Mercosul em Porto Alegre e a ocupação de espaços até então inóspitos para a apresentação artística, notadamente situados às margens do lago Guaíba, cartão postal da cidade, bem como das esculturas públicas e ou intervenções urbanas, promovidas e legadas à Porto Alegre ao término de cada edição.  Discutimos como o evento mobiliza a opinião pública porto-alegrense, interfere na paisagem e instala seu próprio acervo público/privado na orla doce da capital.  Para tanto valorizamos os registros da mídia que, divulgando o evento e suas doações também evidencia estratégias, veladas ou programáticas, de políticas públicas para a construção de identidades. Nesse escopo exploramos uma situação específica ocorrida em 2009, quando uma obra de intervenção temporária da 7ª Bienal do Mercosul, apelidada como Casa Monstro, desencadeou um amplo e duradouro debate sobre arte, arte em lugares públicos, espaço urbano e acabou gerando projetos de lei e políticas públicas para o fomento e regulação de futuras intervenções artísticas na cidade. Nossa abordagem pondera as implicações estéticas e políticas que constituem os multifacetados e polifônicos espaços contemporâneos para a arte, publicamente transpassados pelo exercício livre da crítica e da mediação social oferecida pelos meios massivos de comunicação, inclusive eletrônicos, que encaminhou discussões pulsantes em diferentes patamares teóricos.
7.       MÍDIA E ARTE NA METRÓPOLE. Estudo sobre a paisagem urbana de São Paulo após a Lei Cidade Limpa. Jonatha Junge e Cesar Floriano dos Santos.
Parte-se do princípio de que a paisagem urbana não pode ser compreendida como uma mídia ou um suporte; trata-se antes de um ambiente comunicacional complexo onde interagem diferentes campos da cultura, entre eles a arte, a arquitetura e a propaganda, em relação direta com as formas e qualidade de apropriação do espaço urbano. Desta forma, ao abordar a retirada das mídias de publicidade externa na cidade de São Paulo em 2007, através da Lei Cidade Limpa, compreende-se que ocasionou uma modificação evidente na superfície vísivel da metrópole, sendo que, ao silenciar uma de suas vozes mais eloquentes, criaram-se espaços físicos e comunicacionais a serem preenchidos por outras formas de discurso e mídias. Neste contexto, a arte de rua (do graffiti e murais as projeções e arte digital) constitui uma força estética e um canal de comunicação cada vez mais presente e potente na paisagem das cidades latino-americanas. Compreendendo a Arte Pública como campo expandido, objetiva-se um aprofundamento da leitura do espaço urbano em relação às mídias visuais como táticas de apropriação do espaço público que podem garantir maior acesso e participação aos múltiplos usuários da cidade. Para além da proteção de uma paisagem urbana de qualidade, trata-se também de torná-la mais permeável. O presente estudo baseia-se em entrevistas, levantamento fotográfico em ruas do centro e zona sul de São Paulo, e documentação de obras e intervenções artísticas no espaço público ocorridas em 2010.